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Este microbook é uma resenha crítica da obra:
Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.
ISBN: 8545201990, 978-8545201991
Editora: Gente
Quando empreendemos, seja no que for, colocamos forças extraordinárias naquilo, e por isso mesmo é tão complicado dar um passo em outra direção. Sabemos que, em nossa cultura, não desistir é considerado uma virtude. Isso vai da dieta nova que você está começando até a rotina estafante num trabalho tedioso.
Se você parou ou saiu, é porque é um perdedor. Não se analisa o contexto. É simplesmente assim: preto no branco.
Há um mérito enorme em identificar uma situação que não renderá frutos. É preciso ter muita perspicácia para isso, além de uma boa dose de coragem para interferir em seu rumo. E isso vale para tudo: tanto no que diz respeito aos seus projetos profissionais, como na sua vida pessoal.
Passado o baque da decisão, é preciso se reorganizar para trocar um sonho por outro. Quem já passou por isso sabe que não há mágica. Você precisa se superar todos os dias. Quando não temos opções, nós nos vemos obrigados a acreditar em sonhos maiores.
Então, eu fiz a seguinte pergunta: qual é a paixão que me motiva? Para muitas pessoas, essa pode ser uma resposta complicada, porque pouquíssimas vezes colocamos “paixão” e “motivação” na mesma sentença quando queremos falar sobre escolhas profissionais, não é verdade? Mas devemos. Pois paixão e motivação são essenciais para empreender.
O “empreendedorismo de palco” vem sendo muito difundido com suas palestras e suas teses motivacionais, e está matando os empreendedores brasileiros. Esse tipo de “ajuda” só vende ilusões, fazendo as pessoas acreditarem que é possível faturar alto da noite para o dia apenas seguindo cartilhas e teorias.
Isso não acontecerá. Só os palestrantes é que verão suas contas bancárias engordarem. E o mais chocante disso tudo é que boa parte deles sequer abriu uma empresa de verdade.
E como conseguem isso? São mestres em elaborar palestras, não há como negar. No fundo, esses “empreendedores sem CNPJ” são grandes animadores de palco. Emulam a voz como bons contadores de histórias. Sabem fazer suspense. Contam piadas. Interagem com a plateia.
Eles, na verdade, possuem grande veia artística, são pessoas muito capacitadas para entreter os ouvintes. Você até acha que é fácil colocar a engrenagem para rodar.O problema é que aquilo que ensinam não necessariamente terá grande aplicação no dia a dia do empreendedor.
Quer um exemplo? Vamos falar de um assunto que é tabu para nós empreendedores: grana. Você pode empreender quanto quiser, mas, sem capital, não vai a lugar nenhum. Os empreendedores de palco fazem a plateia acreditar que alguma alma caridosa olhará para sua ideia mirabolante e bancará os seus custos.
Negativo! Ninguém faz negócios com gente que não conhece. Todos buscam pessoas com que partilham interesses semelhantes ou que estejam no mesmo círculo de convivência. O empreendedor que não tem capital está morto, e essas palestras insistem em dizer que basta você ter uma ideia!
O empreendedor precisa de planos. Entre eles, os dois mais importantes são a ideia e a forma de captar o investimento para fazê-la acontecer! É bom você saber que isso não se aprende nas cadeiras escolares, em cursos e palestras. É necessário planejar, é claro, mas, sem encostar a barriga no fogão, ou seja, sem ir para a linha de frente e encarar a dura realidade de abrir um negócio no Brasil, é impossível que sua ideia avance.
Para evitar ciladas típicas de empreendedores de palco, recorro ao colega Bob Wollheim, sócio-diretor da Brands Conversations e coautor do livro ”Nasce um Empreendedor”. Ele diz que uma das coisas importantes antes de gastar um bom dinheiro nessas palestras é observar se os dados que o palestrante apresenta justificam o sucesso que afirma ter.
Outros pontos, segundo ele, são:
Alguns colegas que foram a palestras desse tipo me contaram que o clima lá dentro é realmente empolgante. A velocidade da fala, as pausas e a movimentação no palco deixam tudo bastante atraente. Esses conhecidos me disseram que saíam de lá com a sensação de que poderiam começar o próprio negócio, mas, logo em seguida, enxergavam a realidade de que não estavam verdadeiramente preparados para assumir um projeto desse tamanho.
A coisa acabava ficando apenas na conversa de bar. Você já deve ter passado por situação semelhante. Um lança na roda de conversa a ideia que teve sobre um negócio sensacional e inovador. Outro afirma ter pensado em algo parecido. Um terceiro conta que precisa de algo que o motive porque não suporta mais o chefe. Fulano complementa dizendo que tem até o ponto ideal.
Aquela empolgação deixa todo mundo ainda mais inebriado. A conta chega, cada um segue seu rumo para casa e, no dia seguinte, volta para sua rotina, deixando aquela ideia de lado, aturando os desmandos do diretor, achando difícil começar algo “nesta altura do campeonato”, com a carreira já encaminhada.
A maioria, como podemos perceber como nossos amigos e familiares, ficará apenas na conversa. Alguns vão um pouco além. Farão alguns cursos, acompanharão vídeos no YouTube com dicas para chegar ao sucesso e, em certos casos, até procurarão um especialista para uma mentoria.
Ao fim e ao cabo, acharão o negócio arriscado demais. E uma ladainha sem fim se formará como desculpa para recuar: isso demandará muito esforço, não era bem o que eu queria, minha ideia era ter uma renda extra sem precisar ralar tanto, perderei o fim de semana trabalhando, não terei mais férias nem décimo terceiro salário…
Na hora de empreender é necessário saber que você precisará, sim, estar atento a todos os detalhes. É raro encontrar um empreendedor de sucesso que não seja obcecado pelo trabalho. Toda ação, por menor que seja, será um passo a mais na direção do seu objetivo, e você terá de se superar todos os dias.
Precisará pegar aquela ideia que teve e avançar sobre ela com força total. Se não for boa, mude, mas não perca o ímpeto de continuar tentando. E, se for uma boa ideia, continue com toda energia.
José, como o chamarei para preservar sua identidade, disparava mil palavras por minuto. Fazia todos os cursos possíveis. Se a esposa não o impedisse, passava as noites em claro atrás de informações. Sua sede por conhecimento se mostrava admirável.
José acreditava, porém, numa mentira que a maioria dos empreendedores aceita. Denomino-a “Complexo de Cinderela”, pois quem é afetado por ela crê na possibilidade de alguém, um dia, entrar na sua vida e mudá-la completamente.
O empreendedor com esses sintomas pensa que um investidor chegará com um cheque rechonchudo para lhe entregar e, em consequência do sucesso futuro, aparecerá numa revista conceituada como modelo de empreendedor. Quem sabe não planeja uma viagem para Maranello, na Itália, para encomendar uma Ferrari?
Se pensa que isso acontecerá com você, atenção: o sinal está amarelo. Reprograme todo o seu conceito de negócio. Neste mundo, você precisa mergulhar de cabeça para, quem sabe um dia, poder dirigir uma Ferrari por dez minutos, quando lhe sobrar tempo. Caso contrário, ficará estacionado na pista pensando em como decolar.
Quanto a José, de vez em quando nos encontramos. É sempre uma reunião bacana, até porque ele é um homem de muito valor e conhecimento. No entanto, verdade seja dita, ele ficará preso no campo da especulação enquanto não mudar sua conduta!
Um estudo recente, realizado pelo Barclays Bank, da Inglaterra, em parceria com o Centro de Psicometria da Universidade de Cambridge, uma das mais renomadas instituições de educação superior do mundo, mapeou o perfil psicológico do empreendedor e como ele tira o projeto do papel. O levantamento ouviu e analisou mais de 2 mil pessoas, entre empresários e empregados, na Alemanha, em Cingapura, no Reino Unido e nos Estados Unidos.
Eles decidiram investigar a mente dos empreendedores por acreditar que esses empresários são colaboradores cada vez mais importantes no desenvolvimento econômico e no progresso social. Estão aí mais dois bons motivos para você começar seu negócio.
Bem, os pesquisadores perceberam que, na maioria das vezes, a imagem do empreendedor não é retratada com fidelidade. Há muito “achismo” e pouco rigor científico.
Segundo os autores do levantamento, os empreendedores não podem ser tratados como um grupo homogêneo e, por isso, tornou-se relevante compreender as diferenças individuais no comportamento empresarial. E eles encontraram muitas delas e separaram os empreendedores em dois grandes grupos (A e B).
No grupo A, os empreendedores são definidos como artísticos, organizados, altamente competitivos, emocionalmente estáveis, nem extrovertidos nem introvertidos. É um perfil observado em posições de liderança. Já o empreendedor do tipo B é mais tradicional ou conservador, emocional, espontâneo e mais focado no trabalho em equipe.
O cotejamento realizado pelos estudiosos mostrou bem as diferenças dos empreendedores, no entanto, também conseguiu identificar os aspectos que mais distinguem os empreendedores daqueles que trabalham como funcionários numa companhia.
São eles:
Trabalhar em seu projeto precisa se tornar um hábito. Para isso, ele deve entrar em sua rotina diária. Não adianta debruçar-se sobre ele de vez em quando. Tente estabelecer sempre a mesma hora do dia para se dedicar a ele. Lembre-se, é como uma rotina de exercícios físicos: no começo é difícil continuar nela, no entanto, depois, você passa a sentir seus benefícios. Nesse caso, o efeito benéfico será ver seu projeto avançar.
Sabemos como estabelecer procedimentos facilita os métodos de produção. Isso acontece tanto em grande escala, quanto em pequena. Ao sentar-se para trabalhar, é importante que você tenha um método. No meu caso, preciso de um bom chimarrão, um caderno para anotações e meu computador.
Primeiro, olho minha caixa de e-mails e vejo se há algo importante para responder. Tento resolver essas questões em quinze minutos, no máximo. Depois, pego minha lista de afazeres e sigo das tarefas mais difíceis para as mais fáceis. Executo as mais difíceis antes porque estou com os níveis de energia lá em cima, então, acredito que consigo resolvê-las de forma mais eficiente.
Finalizo sempre buscando na internet alguma informação ou artigo útil para o meu trabalho ou para alguma preocupação que tive durante o dia. Por exemplo, se pensei em como melhorar aperformancedos meus gestores, vou atrás de artigos sobre o tema e anoto as ideias.
Eu diria que é quase impossível manter-se focado por muitas horas seguidas. Quem diz que o faz sabe que não é bem assim. Acredito que seja mais produtivo estabelecer um período para se concentrar em seu plano. Vá aumentando aos poucos. Inicie com quinze minutos de trabalho 100% focado, por exemplo.
Se achar que vale a pena, cronometre. Em pouco tempo seu poder de concentração vai subindo e, quando notar, conseguirá trabalhar por uma hora em seu projeto sem se distrair. Você se surpreenderá com o que é possível fazer nesse intervalo quando ele é bem utilizado.
Ficar trancado no escritório não será tão produtivo quanto você imagina. Se estiver com dificuldade de encontrar uma solução para um problema, é provável que tomar um ar ajude-o muito. Uma breve caminhada ou uma pausa no banco de uma praça podem ser realmente úteis. No entanto, para que esse intervalo tenha algum efeito prático, tente não levar o celular. No lugar dele, carregue seu caderno de anotações. Assim você não corre o risco de ver escapar uma boa ideia.
Nosso dia a dia é corrido, com um mar de atribuições, portanto, é importante estabelecer qual a importância da sua meta nesse caldeirão. Quando decidi abrir a Morini Air, minha escola de aviação, coloquei algumas coisas de minha rotina em segundo plano para ficar mais concentrado no meu negócio. A parte mais difícil foi recusar algumas boas ofertas de trabalho, uma vez que tinha permissão para voar e poderia atuar como piloto comercial.
Criei uma lista de afazeres que deveria cumprir a cada semana, anotava as reuniões de que deveria participar, visitava possíveis fornecedores, destinava algumas horas para pesquisar a concorrência e também mergulhava na papelada para conseguir a homologação da escola perante as autoridades competentes, no caso, a Agência Nacional de Aviação Civil.
Esse trabalho, acredite, vai lhe tomar muito tempo. Haverá alguns sacrifícios, como passar o fim de semana trabalhando e perder algum feriado prolongado. Faz parte. O que não faz parte é corpo mole, esperar as coisas acontecerem por você.
Quando você está nessa transição, às vezes, é natural brotarem mil ideias de projetos paralelos. Esse é um caso clássico e afeta principalmente aquelas pessoas que possuem habilidades variadas ou que querem transformar ohobbyem algo profissional; mas aí têm três passatempos: gostam de cozinhar, de trabalhar com madeira e fazer esportes.
Ficam perdidas entre vender comida, investir numa marcenaria ou abrir uma academia. Se há dúvidas sobre qual a melhor opção, pesquise, estude o mercado, converse com quem é da área. Contudo, não perca muito tempo nessas atividades preliminares. Depois da análise, é a hora de evitar pensar em outra coisa. A distração atrapalha até um empresário que já está atuando.
É fato, você esquecerá, atrasará e acabará fazendo de qualquer jeito. Tire as coisas da frente assim que a demanda chegar. Se você precisa reunir papéis e documentos importantes para dar seguimento à sua empresa, faça isso de uma vez. Se precisa criar uma lista de fornecedores, divididos por região e especialidade, faça-a.
É árduo e trabalhoso, porém, quando bem-executado, vai lhe poupar um tempo enorme. Tenho um pensamento que sempre me ajuda: “Todo dia é segunda-feira.”. Não deixe para começar depois, vá com fome ao seu objetivo.
Com o passar dos anos, desenvolvi uma habilidade que sempre quis: ouvir mais, muito mais, e falar menos, bem menos. Como diz o velho ditado, temos duas orelhas e uma boca. Faz sentido. Avancei muito nesse ponto, mas sei que ainda é possível aprimorá-lo. Percebi na prática que essa dinâmica me ajudou a tomar decisões melhores e, principalmente, a agir com mais eficácia.
Quem me conhece há muito tempo notou essa diferença. Um amigo que não me via há algum tempo, quando me encontrou numa reunião informal, perguntou-me: “O que está acontecendo, Fabrício? você está muito quieto!”. Disse a ele que estava fazendo um esforço enorme para não o interromper, para que continuasse com sua ideia até o fim.
Como empreendedor, será comum que seus colaboradores o procurem para expor algum problema, pedir orientação ou passar um retorno sobre um pedido que você havia feito. Sua forma de agir com eles pode, acredite, interferir nos resultados. Percebo que alguns funcionários são ótimos especialistas e “solucionadores de problemas”, mas possuem dificuldades em concatenar as frases de maneira assertiva.
Em nosso mundo corrido, estamos cada vez mais intolerantes; mal damos tempo para que alguém se expresse e já vamos logo cortando. Evitar que isso ocorra é possível, porém, você terá de ser vigilante e se controlar quando tiver vontade de cortar a fala de alguém. No outro lado da moeda, é importante também desenvolver sua capacidade de articulação de ideias, de concatenar as frases de forma assertiva e com clareza.
Se há uma tarefa à qual você deve se dedicar com muita vontade, essa é a análise de mercado. Ela está intrinsecamente ligada com o planejamento, parte essencial do processo de empreendedorismo. Cometer equívocos aqui pode ser muito prejudicial para o seu negócio. Nessa fase, você analisará quem são seus clientes potenciais, seus concorrentes e seus fornecedores. Exige estratégia e foco. Sem uma ideia clara do que e para quem você pretende oferecer, não há muita chance de as coisas irem bem.
Não adianta ter um produto ou um serviço de qualidade se ninguém souber disso. Essa máxima vale para reforçar a importância de um plano de marketing para o seu negócio. Esperar que ele cresça organicamente, no boca a boca, vai lhe trazer muitas frustrações, pode acreditar.
Sua estratégia de marketing, segundo ensinamentos do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), deve respeitar os seguintes tópicos: produto, preço, praça, promoção e pessoas.
É preciso ter muito claro que tipo de produtos e serviços você oferecerá e, por consequência, quanto cobrará por eles, levando em conta os custos, os impostos e o lucro. Para conquistar mercado, algumas empresas apostam em preço mais baixo do que o praticado, o que pode levar os consumidores a acreditar que é um item de qualidade inferior. Outras companhias tentam emplacar um preço mais elevado, apostando na valorização do produto e trabalhando com o fator psicológico de que, por ser mais caro, é melhor.
Liste também os equipamentos, os materiais, a quantidade de profissionais, a qualificação que precisam ter e o tempo para realizar cada tarefa. Um bom plano diminui o desperdício, aumenta a produtividade e facilita a interação e a comunicação entre as pessoas.
Se você decidiu investir num supermercado, pense, por exemplo, que ele precisará de área de estacionamento, um depósito, um espaço para que os fornecedores façam entrega. É necessário avaliar com quantas gôndolas você trabalhará, onde ficará o açougue, os frios e os laticínios, quantas caixas registradoras haverá etc.
Outro ponto importante do plano operacional é tentar estimar a sua capacidade produtiva ou quantos atendimentos consegue realizar por mês e quais serão seus principais fornecedores.
É bem fácil imaginar o que acontece se o seu negócio não tiver um planejamento financeiro ajeitado. Ele vai quebrar! É isso. Para que isso não aconteça, é preciso ser meticuloso. O plano financeiro será a ferramenta que lhe mostrará em números todas as ações planejadas nos passos anteriores. Ou seja, é nele que você descobrirá se a sua ideia tem espaço no mercado.
Simples, conciso e que mostre seu profissionalismo: estas são as características mais importantes do sumário executivo, cuja função é revelar os principais atributos e a linha de trabalho da sua empresa. Nesta área é relevante destacar as conclusões essenciais do seu negócio e evidenciar uma visão geral e clara do plano de negócios.
É basicamente isso o que você apresentará para possíveis investidores. Aqui você também deverá colocar os diferenciais competitivos da empresa, como missão, perfil do empreendedor, produtos e serviços oferecidos, segmento de clientes, localização da empresa, investimento total, forma jurídica e enquadramento tributário.
As inovações pelas quais a economia vem passando têm afetado também a maneira de as pessoas conseguirem investimentos. Para mim, algumas chamam bastante a atenção pelo modelo adotado. Por exemplo, você já deve ter ouvido a palavracrowdfunding.
Em bom português, é a nossa já conhecida “vaquinha” transposta para a internet. Algumas plataformas, como Catarse, Kickante, Start Me Up e Kickstarter, tornaram-se alternativas fascinantes para conseguir desenvolver seu negócio.
Atuando como facilitadoras, elas fazem o seu projeto chegar a um grande número de pessoas que podem apoiá-lo por meio de doações; em alguns casos, essas plataformas oferecem até assessoria gratuita para sua empresa. É comum cobrarem uma taxa administrativa, que pode variar entre 2% e 20% do valor arrecadado nas campanhas.
Aqui no Brasil ficou conhecida a ação do Mola, que recebeu 600 mil reais via Catarse. O projeto é uma espécie de Lego feito de molas que ajuda engenheiros e arquitetos a simularem edificações. Até mesmo o autor do projeto, Márcio Sequeira, impressionou-se com o feito. “Eu imaginava vender 150 kits e vendemos mais de 1.600”, disse ele.
Essa ferramenta nos mostra que, se o potencial do que você se propõe a fazer é alto, é bem provável que muita gente se interesse. Às vezes, o empreendedor fica muito preso a meia dúzia de possibilidades. Um amigo, um amigo de um amigo, um parente etc. Esquece-se de sua rede de contatos.
Mantenha suanetworkativa. Uma conversa leva a outra e, de repente, você conhece alguém interessado, de preferência um profissional, em trabalhar na sua proposta. Para esse tipo de caso, atualmente há uma excelente definição: investidores-anjos.
Os arcanjos, como costumo chamá-los, são famosos, embora ainda pouco conhecidos no Brasil, por ajudar empresas de pequeno porte, às vezes com capital, às vezes com uma espécie de governança corporativa, às vezes com ambos.
Alguns até possuem excelentes contatos e também podem contribuir em outra fase da empresa, quando ela poderá se tornar ainda mais capacitada.
Apesar de esses investidores-anjos serem uma boa alternativa, é preciso ter cuidado com aqueles que se dizem anjos, mas, na verdade, só querem algumas horas de conversa. A regra aqui é simples: o ideal é que apostem o próprio dinheiro no negócio.
O bilionário Warren Buffet criou uma expressão ótima para isso:skin in the game– algo como “colocar a mão no fogo”, em português, ou seja, comprometer-se de verdade. Lembre-se também de que o melhor investidor é, na realidade, um grande facilitador. É quem lhe permite alçar o voo do empreendedorismo.
Os “anjos” são pessoas com elevado número de horas de voo no mercado e que detêm capital para investir em projetos com alto potencial de crescimento. Geralmente, são empresários ou executivos que trilharam a carreira do sucesso profissional e querem apoiar aqueles que estão no início do percurso. Você já deve ter ouvido falar deles, mas sabe como eles operam? Então, vamos lá.
Esses investidores-anjos comumente aplicam osmartmoney, “dinheiro inteligente”, que é a expressão utilizada para definir não só os recursos financeiros, mas também os conhecimentos, a experiência e a rede de relacionamentos. A participação que terão será minoritária, e, em regra, eles não ocupam cargos na empresa. O papel deles é o de mentoria e aconselhamento.
Eles não ganharam a alcunha de anjos sem motivos. É bom frisar que há gente mal-intencionada por aí, porém, o que os torna “anjos” é o fato de que vão acompanhar você e aumentarão as chances de seu negócio fazer sucesso. Esses investidores podem ser verdadeiros protetores e companheiros para o seu negócio. Como disse antes, eles possuem muita experiência e serão uma importante voz da consciência para você não se perder.
O grande diferencial dos investidores-anjos é não se limitarem a entregar apenas os recursos financeiros, mas também sua consultoria e seu acompanhamento ao longo do desenvolvimento e da consolidação do projeto que estão apoiando, minimizando a possibilidade de algo semelhante ao que ocorreu com o colega engenheiro acontecer.
Por isso, é fundamental ter por perto alguém que já conheça os atalhos do mercado, tenha experiência, abra portas e impulsione o seu negócio. Eles são “anjos”, mas não pense que são bonzinhos. Se sua ideia os convenceu é porque eles acreditam que haverá retorno financeiro.
Neste ponto você já deve estar bem interessado nos investidores-anjos, não é? Aí surge a clássica pergunta: como posso chamar a atenção deles? Vamos ver o que esse pessoal costuma observar em um negócio!
Os investidores estão à procura de novos negócios que sejam diferentes de tudo o que há no mercado, portanto, inovação é uma das palavras-chave.
O tamanho do mercado potencial que você pode atingir é outro fator determinante na hora de receber um investimento.
É sempre feita uma análise em relação ao potencial de crescimento do negócio sem a necessidade de um crescimento proporcional na estrutura e nos custos.
Mostre para o anjo que você entende do seu negócio, que possui um modelo de negócios consistente e uma projeção financeira realista.
Tenha em mãos um modelo de plano de negócios bem-estruturado para entregar aos potenciais investidores.
Vá além de mostrar apenas ideias; mostre também que possui uma equipe com capacidade de executá-las no mercado.
Você aprenderá, em um ano ou dois, como ser um empreendedor de verdade. Os primeiros meses serão árduos, como falei. Haverá noites maldormidas, preocupação com a saúde financeira da empresa, giro de funcionários, contas que não param de chegar, impostos pesados que o deixarão irritado por saber que o retorno do governo não é proporcional. Tudo isso sempre fará parte da sua rotina.
A diferença é que o peso de tudo isso logo no comecinho será diferente do que você sentirá no decorrer dos anos. É exatamente como o seu corpo reage ao ser submetido a exercícios físicos.
No início, as dores serão recorrentes, você se cansa mais rapidamente e é comum aquela sensação de que não nasceu para aquilo e que deveria desistir. Não faça isso! Nem com seu corpo nem com a sua empresa. Não tenha medo dos obstáculos. Um bom marujo não se faz em águas calmas, não é mesmo?
Com o tempo, você se sentirá mais confortável com as suas ações e com sua capacidade de análise. Isso o levará a tomar decisões mais ousadas, que poderão trazer mais ganhos para sua empresa. Ou também rever medidas, sistemas e processos para aumentar a produtividade, a qualidade e a lucratividade.
Sua confiança em si mesmo aumentará muito – só não a deixe superar sua capacidade de análise. Quando estamos confiantes acabamos correndo mais riscos, e isso nem sempre é bom para os negócios. Pode resultar em uma má compra ou passar uma imagem equivocada sobre você.
É necessário carregar sempre uma dose de humildade, buscar novos aprendizados e maneiras diferentes de fazer as mesmas coisas. Como diz o velho bordão de Albert Einstein: “Loucura é querer resultados diferentes fazendo tudo exatamente igual.”.
Você está pronto para fazer seu negócio decolar? Então, assista a um bate papo com o autor do livro, Fabrício Morini, sobre o universo do empreendedorismo e as atitudes que devem ser tomadas para alavancar o seu próprio negócio.
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Fabricio Morini, assim como você, sempre sonhou em alcançar voos mais altos e buscou concretizá-los. Desde cedo, percebeu que para ser um grande empreendedor, foco e plano de voo são necessários. Filho de um empresário que comanda um negócio com mais de 25 anos no segmento industrial, Morini viu e passou por diversas experiências, acumulando conhecimento. Na juventude, foi atleta. Teve sucesso. Mas como ele mesmo diz, “foi um voo de galinha”. Com 18 anos, ganhou uma bolsa de estudos para viver nos Estados Unidos. Lá, não só estudou Business an... (Leia mais)
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